sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Administração 45 anos: Marinuzzi e orquestra destacam trabalho em equipe em primeiro dia de encontro



O Encontro CRA-MG 45 anos, realização do Conselho Regional de Administração de Minas Gerais em homenagem ao aniversário da profissão de Administrador, teve início no dia 8/9, com a palestra do Adm. Raul Marinuzzi, na Newton Paiva, em BH. Cerca de 500 participantes puderam acompanhar uma verdadeira aula de como conduzir uma equipe com harmonia e integração, tendo como exemplo cinco integrantes de uma orquestra da capital.

A abertura foi feita pelo presidente do CRA-MG, Adm. Gilmar Camargo, que parabenizou os Administradores e revelou sua paixão pela profissão: “A Administração é espetacular”. Houve, ainda, a premiação dos vencedores do Prêmio Destaque em Administração 2010 (clique aqui para conhecer os ganhadores).

Orquestra sem sintonia

Logo no começo da palestra, ao introduzir uma obra de Mozart, um susto: um dos músicos se retirou do palco alegando problemas de saúde. Porém, em seguida, Marinuzzi acalmou todos ao revelar que a representação nada mais era do que um exemplo de um problema real, que atinge grande parte das empresas. “Nem todos trabalham com condições fisiológicas e bem-estar plenos, mas permanecem no trabalho mesmo assim. Porém, o grupo vai perdendo o brilho”, disse.

E, assim, os outros integrantes se retiraram, um a um, como forma de demonstrar as principais deficiências nas organizações: o empregado tratado como instrumento de produção, ou seja, a desumanização; a comunicação, que, segundo Marinuzzi, vem sendo utilizada através de “meias palavras”, o que dificulta a percepção da mensagem entre os membros da equipe e da empresa; a vocação, já que nem todos realizam aquilo que desejam como profissionais – “aquilo que a pessoa pode ser, deve sê-lo!”, salientou o palestrante; e o trabalho isolado, resultado da falta de cooperação entre os membros da equipe.

Harmonia na equipe

Por outro lado, o Administrador apresentou características que uma equipe eficaz deve ter, como ambiência, comunicação rigorosa e um feedback imediato. Para demonstrá-las, Marinuzzi chamou de volta ao palco, gradativamente, os integrantes da orquestra. O Administrador explicou que a ambiência relaciona-se à manifestação de sentimentos no ambiente de trabalho. “O homem é, por natureza, emocional, porém, a lógica e a razão são mais chamadas a ser desenvolvidas ao longo da vida. Assim, há pessoas eficazes, mas que, nem sempre, são eficazes como pessoas”, disse, salientando que uma ambiência propícia requer disposição – gostar daquilo que se faz -, paridade e parceria, ou seja, todos se respeitando como sendo igualmente importantes para o sucesso da equipe, como em uma orquestra.

Quanto à comunicação, Marinuzzi apontou que a linguagem utilizada na interação entre os vários integrantes de uma empresa deve ser adequada para a transmissão clara de idéias. Acrescentou que o feedback, além de imediato, deve ser claro e inteligível. “Uma equipe afinada passa pelo trabalho comportamental, o que significa investir na qualidade”

Por fim, o Administrador reforçou que o verdadeiro líder deve estar junto a sua equipe, seja na vaia ou no aplauso. No caso da equipe de músicos presentes no encontro, o público aplaudiu, principalmente, quando o último integrante voltou ao palco e, com ele, pode-se descobrir a música que os outros, sozinhos, não conseguiram revelar aos participantes: Festeggio – ou Parabéns para você, homenagem de Marinuzzi e Orquestra ao aniversário da regulamentação da profissão de Administrador.

“É o trabalho em equipe, unindo razão e sentimento, conhecimento e emoção, lógica e ética, habilidade e inspiração, tecnologia e arte”, finalizou Marinuzzi, que chamou o maestro da Orquestra para terminar a Serenata em Sol de Mozart.

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